domingo, 16 de dezembro de 2012

Assassinato na Rua Street- Parte 2


Anteriormente em Assassinato na Rua Street:http://blog-vader-gustavo.blogspot.com.br/2012/11/assassinato-na-rua-street-escrito-por.html



Parte-2

-Bom, Carrick, vou lhe por a par de nossa situação. – disse James- Para começo de conversa o nome dela é Rachel, morava em Londres há duas ruas onde fora encontrada. Nada de filhos, nada de irmãos. Há apenas suas vizinhas, e você vai ter que falar com elas e descobrir o máximo possível.
-Por que eu e não o detetive?
Disse a ele não só por curiosidade, mas sim para saber o que ele faria a minha ausência.
-Bom pelo grande caso de você ser um jornalista. Pode fazer perguntas enfadonhas e nem irão se ofender. – Sempre quando James comenta sobre meu trabalho, penso eu que ele não o valoriza. - Aqui estão os endereços. - Erguendo a mão-, o primeiro é duas senhoras que dividem a casa, e pelo que fiquei sabendo são pessoas religiosas, então saiba que tudo pode ser crucial para esse caso. Por minha vez, vou voltar à cena do crime.
- James, você já sabe algo?
-Pouco, mas ainda não posso afirmar nada. - com aquelas últimas palavras, me retirei e fui à busca das senhoras.

Em cerca de minutos já estava na frente da primeira casa, pedi permissão para entrar e fazer perguntas.
A moradia das senhoras era um lugar que parecia não ter evoluído, era composta por quadros antigos e livros velhos. Sentei-me em uma poltrona, com as duas mulheres na minha frente. De olhos nus podia se ver que a diferença entre idade das mulheres era grande, enquanto uma talvez tivesse setenta anos a outra parecia ter oitenta.
-Então você é parente de Rachel? – perguntou-me a mais nova.
-Não, sou um jornalista procurando saber mais sobre a vítima.
-Sinto-lhe dizer senhor que não sei nada sobre a moça, nem sobre sua morte. –Respondeu rudemente.
-Morte? Alguém morreu?- Era a velha de oitenta anos, que agora estava se retirando.    
-Sim a vizinha ao lado. Então senhor, temo lhe falar que não vai achar nada aqui.
Um grito então veio da cozinha, onde a mais velha estava.
-Pobre Rachel, lembra-se de sua última visita? Que Deus a abençoe.
A senhora na minha frente ficou me olhando com vergonha, por alguma razão não queria me contar o que sabia.
-Senhora se você sabe de alguma coisa...
-Não sei de nada.
A sala então por alguns instantes ficou quieta, até a velha a minha frente falar:
-Oh Deus. Tudo bem vou lhe falar detalhe por detalhe e que Deus não me puna.
Bom, eu e Juddith nunca fomos próximas a Rachel, o que causou sua visita a duas semanas atrás mais estranha ainda.
‘‘ Quando chegou a minha casa nem a reconhecia, estava nervosa e como se fugindo de alguém. Então estendendo a mão, me entregou uma carta. Me fez jurar que não iria mostrar a ninguém, a não ser o homem mencionado nela. Ela disse então se retirando que talvez essa fosse sua última conversa civilizada e que todo medo iria acabar. Antes de ir deu seu cordial adeus. ’’
‘‘ Entende agora o porquê de eu não revelar nada?’’
A velha foi até a cozinha e voltou com um pequeno baú aberto. Nele havia a mencionada carta. Estendo a mão, ela a entregou a mim.
 Até hoje não sei se sentira tanto medo e desconfiança até aquele dia, quando abri a misteriosa carta.

CONTINUA.

2 comentários:

  1. Gostei muito dos diálogos. Todos muito bons e verossímeis.


    Agora, vê se não demora tanto para postar a próxima parte. Quero ver tudo pronto ainda este ano.

    Bom dia.

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